Como tudo começou...

   Em Janeiro de 2015, quando já estava formada há 1 ano como psicóloga, resolvi iniciar um trabalho voluntário como palhaça em hospitais na cidade de Lorena no interior de São Paulo, cidade onde eu nasci.

   Este era um trabalho que me encantava desde o filme “Patch Adams – O amor é contagioso” E o documentário Doutores da Alegria. Achava um trabalho bonito, mais ia além, me causava um sentimento que eu ainda não sabia explicar.

   Já havia me fantasiado de palhaça quando trabalhava em obra social, mas muito por gostar de rir e fazer os outros rirem.

   Foi então que procurei por grupos que fizessem este tipo de trabalho na cidade de Guaratinguetá, onde eu residia e na minha cidade natal Lorena. Foi quando ingressei em um grupo, no qual era feito um “curso” de preparação. Neste curso, fazíamos algumas brincadeiras de improvisação, de interação, com intuito de praticar as habilidades e dar inicio a atuação dentro dos hospitais.

  Foi tudo muito novo e curioso para mim. Apesar de ser sempre uma pessoa que gostava de humor, e era considerada engraçada, ter que ser engraçada parecia um desafio.

   Percebi que ser engraçada era algo natural, mas me pedir que eu fosse era algo que bloqueava minha atitude espontânea.

   Conclui o curso, que havia dado dicas, para a construção do nosso palhaço, buscando marcas pessoais, até mesmo para a criação do nome, seria interessante buscar brincar com nossos defeitos.