Diversidade e inclusão - o essencial é invisível aos olhos.

Com o passar dos anos a temática da diversidade e inclusão vem ganhando mais espaço e foco.

O avanço da tecnologia através das mídias sociais, tem permitido que a temática sobre diversidade e inclusão sejam compartilhadas, favorecendo com que todos se expressem e mais pessoas conheçam sobre o assunto.

Quando falamos em diversidade, percebemos uma tentativa árdua de classificar ou categorizar as pessoas ou seus comportamentos de alguma forma, mas na verdade quanto mais contato obtemos com a temática mais é possível perceber a sua amplitude com relação a aspectos pessoais e emocionais que envolvem o ser diverso.

Ao se dar conta dessa amplitude de comportamentos e expressões, fica nítida a importância de se criar um espaço acolhedor, em que cada um possa ser a sua própria diversidade sem rótulos, julgamentos, sendo ela a portadora da sua autonomia de ser e estar nesse mundo e consequentemente sendo a principal e única pessoa a dizer para o outro o que é aceitável ou não.

Lidar diretamente com a inclusão, nos permite compreender o lugar do outro, como é sua realidade, o que é mito, o que é verdade, e o que é particularidade. O principal valor que aprendemos ter a necessidade de exercer é o “respeito”.

A grande pergunta que a maioria das pessoas dos grupos de inclusão fazem é: qual a dificuldade de incluir o que já faz parte? Mas, a maior dificuldade da sociedade como um todo é compreender que a diversidade do outro não deve ser um empecilho e sim uma característica que deve ser levada em consideração e respeitada.

Nossa sociedade infelizmente se encontra cada vez mais impaciente e individualista, só aprendemos a valorizar leis de cotas, quando elas esbarram de alguma forma no “mini mundo” que criamos como nosso, o que se encontra fora desse espaço simplesmente não nos afeta, mas quando nos afeta, o estardalhaço começa.

Com isso, esse texto tem o objetivo principal nesse mês sobre a diversidade de trazer a tona a reflexão pessoal de identificar em você mesmo a sua diversidade e questionar o quanto você tem espaço para manifestá-la, assim ao olhar para si você poderá compreender a necessidade do outro de ser e quem sabe permitir que o outro e você sejam incluídos na sociedade em que ambos fazem parte.

A ideia não é ver a diversidade como igualdade e sim permitir que as diferenças existam no mesmo espaço e ao mesmo tempo sem questionamentos.

Antoine de Saint-Exupéry, ao criar a história do Pequeno príncipe, traz a tona uma frase muito utilizada no senso comum e que traz a perfeita tradução sobre a diversidade e inclusão: O essencial é invisível aos olhos, ou seja, o que realmente interessa nas relações e pessoas esta além de suas características físicas e intelectuais.

Francine Vasconcellos Barbosa - CRP 06/119934